Dois investidores italianos, que haviam adquirido títulos da dívida do Estado argentino, foram ressarcidos, segundo anunciou a Confederação Nacional de Consumidores.
Por meio de uma nota, o organismo informou que um tribunal da província de Cremona, na região da Lombardia, norte da Itália, anulou o contrato dos investidores com a instituição bancária que vendeu-lhes os papeis. O banco foi condenado a reembolsar os italianos, além de pagar pelos gastos que eles tiveram com o processo judicial.
A decisão foi tomada baseada no fato de que, “quando o contrato foi assinado, não foi comunicado aos investidores, por escrito, que eles tinham um prazo de sete dias para renunciar ao contrato e se libertar dos compromissos assumidos”.
No início do mês, a presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou uma nova oferta aos credores para uma troca dos títulos da dívida do país, que declarou moratória em 2001.
“Os credores institucionais terão um bônus com amortização de 66,3%. Deverá ser acrescentado a isso, no futuro, um rendimento equivalente ao crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]”, disse o ministro da Economia, Amado Boudou, ao detalhar a proposta.
Em 2005, durante a administração do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), foi feita uma primeira troca dos títulos em moratória por outros papéis, mas com um desconto de até 75%.
Com isso, a dívida do país foi reduzida de 82 bilhões de dólares para 20 bilhões de dólares, já que para cada 100 dólares de dívida, o investidor receberia 25. Naquela época, Buenos Aires disse que 76% dos credores aderiram ao plano.
A Associação Italiana de Proteção aos Investidores em Títulos Argentinos (TFA) representa 180 mil cidadãos da nação europeia que compraram títulos da dívida externa argentina antes de o país decretar a moratória, e portanto são credores do governo sul-americano até hoje.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL