O governo iraniano informou nesta quarta-feira (27/10) que a usina nuclear Bushehr, instalada nas margens do Golfo Pérsico, começou a ser carregada com combustível na terça-feira (26/10). As informações são da televisão estatal PressTV Segundo imprensa local, a fábrica começará a operar assim que as 163 barras de urânio enriquecido forem colocadas no núcleo do reator.
Na segunda-feira (25/10), o presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, Alaedin Borujerdi, anunciou que iria iniciar o carregamento da fábrica de combustíveis, o que para ele representa “uma grande vitória para o Irã” frente as grandes potências.
“Apesar das políticas dos Esatdos Unidos e de certos estados europeus que impuseram sanções a República Islamica, seguiremos adiante com nossas políticas”, disse Borujerdi, segundo a agência estatal Irna.
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Ele lembrou ainda que o Irã tem se mostrado cada vez mais capaz de transpor as barreiras internacionais para a execução do programa nuclear. “Alemanha, Reino Unido e França se opuseram a mandar especialistas para a construção de centrifugadoras. Hoje já contamos com aproxidamente oito mil”.
O Irã começou a construção da usina nuclear de Bushehr no início dos anos 70, com a ajuda alemã, mas o projeto foi interrompido desde o final da Revolução Islâmica, em 1979, depois que do país ter sido pressionado internacionalmente.
Após dez anos, as obras foram retomadas com a cooperação da Rússia e finalizadas apenas no início deste ano, quando as polêmicas sobre o programa nuclear voltaram à tona. Os EUA e Israel acusam o Irã de esconder a obtenção de um arsenal atômico, o que tem sido repetidamente negado pelo governo iraniano.
Em agosto, os EUA, juntamente com a Rússia e o Reino Unido, propôs ao Irã a troca de seu urânio enrriquecido em 3,5/5 por combustível nuclear a 20%, o que possibilitaria maior controle sobre o processo iraniano.
A proposta foi rejeitada pelo governo do Irã, que desde então vem sofrendo pressões e sanções internacionais. No dia 15 de novembro deste ano, líderes de todos os estados envolvidos na questão se reunirão em Viena para um possível acordo.
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