O governo iraniano negou nesta quinta-feira (06/03) as acusações israelenses de que o armamento apreendido ontem no Mar Vermelho fosse de sua propriedade e estivesse destinado a grupos armados da Faixa de Gaza. Além disso, os grupos palestinos Hamas e Jihad Islâmica também rejeitaram que sejam os destinatários da carga.
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Um porta-voz do ministério do Interior do Hamas afirmou que se trata “de um pretexto para Israel bloquear a Faixa de Gaza”. Ele afirmou que o Hamas “sabe que a zona marítima da região está sob a vigilância da inteligência israelense e que qualquer navio que tentar passar por lá seria obrigado a parar”. Ainda segundo o mesmo porta-voz, os movimentos de “resistência de Gaza não seriam tão ingênuos a ponto de enviar grandes embarcações com armamento via mar”.
[Mísseis de fabricação síria são encontrados em navio no Mar Vermelho]
Na quarta (05/03), as autoridades israelenses haviam interceptado uma embarcação iraniana carregando mísseis a cerca de 1.500 quilômetros da costa de Israel, entre o Sudão e a Eritreia. O destino final do navio seria a Faixa de Gaza, afirmou o porta-voz do Exército israelense, Peter Lerner, à Efe. Segundo o militar, a tripulação era integrada por pessoas de diferentes nacionalidades.
“Nós temos uma evidência conclusiva de que havia mísseis dentro do navio. Temos provas e podemos dizer com certeza que o Irã está por trás dessa operação”, disse um oficial das Forças de Defesa ao jornal israelense Haaretz na noite da quarta. De acordo com as organizações de Inteligência do país, os mísseis teriam sido fabricados na Síria e depois transferidos por meios aéreos até o Irã, de onde foram despachados pelo mar.
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