Durante a Conferência Episcopal, a Igreja Católica da Itália protestou neste sábado (25/06) contra a decisão do Supremo Tribunal do país, que decidiu que duas escolas religiosas na cidade de Livorno não podem ser eximidas de pagar impostos sobre seus imóveis.
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Vista da Basílica de São Pedro, no Vaticano mostra a predominância da religião católica no Estado italiano
Na sexta (24/07), foi divulgada a decisão do tribunal, que deu razão à prefeitura da cidade italiana a respeito do pagamento do ICI (Imposto Comunal sobre Imóveis, uma espécie de IPTU) por parte de instituições ligadas à Igreja Católica.
A Justiça entendeu que essas organizações têm “atividade comercial” e, por isso, não podem ser isentas da cobrança.
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As autoridades municipais de Livorno, situada no centro da Itália, tinham reivindicado de duas escolas, a “Santo Spirito” e a “Immacolata”, o pagamento do imposto correspondente ao período entre 2004 e 2009. Para o tribunal, a atividade comercial dessas duas instituições está comprovada e não é “marginal”.
De acordo com a imprensa local, o valor total cobrado das duas escolas chega a 422 mil euros e a sentença não considerou justificativa suficiente as instituições estarem no vermelho.
Segundo o secretário da Conferência Episcopal, Nunzio Galantino, a decisão é “uma sentença perigosa” e pediu a “quem toma as decisões, que haja com menos ideologia”, reportou a Agência Efe. O católico ainda ressaltou que o pagamento de impostos pode implicar o fechamento de algumas escolas.