O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, confirmou neste sábado (12/03) o vazamento de “quantidades mínimas de radiação” de uma usina nuclear de Fukushima após o terremoto que sacudiu nesta sexta-feira (11/03) a costa leste do Japão, informou a agência local de notícias Kyodo.
Kan viajou neste sábado para Fukushima a fim de inspecionar a usina, onde a radiação subira a um nível incomum, de acordo com a Agência de Segurança Nuclear do Japão, pelo que foi ordenada a evacuação de milhares de pessoas que vivem nos arredores.
Os especialistas tentaram realizar procedimentos para liberar vapor dos reatores e tentar diminuir a pressão que subira de forma alarmante em seu interior.
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A decisão foi tomada depois que a Agência de Segurança Nuclear do Japão alertou sobre um forte aumento da radiação na usina número 1 de Fukushima, em cuja entrada principal o nível habitual chegou a ficar oito vezes maior.
Segundo o mesmo organismo, na sala de controle de um dos reatores o nível de radiação ficou até mil vezes mais alto que o habitual.
Também foram detectados problemas na manhã deste sábado em outra usina contígua, a número 2, que precisou ter rebaixada a temperatura de três de seus quatro reatores nucleares, segundo o operador das instalações, a Tokyo Electric Power Corporation.
O governo assegurou que a quantidade de radiação liberada é muito pequena, e a Agência de Segurança Nuclear disse que não representa um risco para a saúde dos residentes, embora tenha ampliado na manhã deste sábado a área de evacuação de três para dez quilômetros.
A radiação liberada pelas usinas nucleares gerou críticas de grupos ambientalistas como o Greenpeace, que insistiu que “qualquer quantidade” de material radioativo na atmosfera representa um risco para as pessoas.
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