As jornalistas norte-americanas Laura Ling e Euna Lee, libertadas ontem pela Coreia do Norte após mediação do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, chegaram hoje (5) ao aeroporto Bobo Hope, em Burbank, Califórnia, pouco antes das 13 horas (10 horas de Brasília). As repórteres eram aguardadas por familiares e funcionários do governo. O ex-vice-presidente Al Gore, fundador da rede de televisão na qual as duas trabalham, a Current TV, também as esperava no local.
Laura, de 32 anos, e Euna, de 36, foram detidas no dia 17 de março na fronteira da Coreia do Norte com a China, enquanto gravavam imagens para um documentário sobre mulheres refugiadas norte-coreanas. Em junho, o tribunal do país condenou ambas a 12 anos de prisão e a trabalhos forçados.
Na segunda-feira (3), Bill Clinton viajou a Pyongyang para trabalhar pela libertação das duas jornalistas. Ele se reuniu durante mais de três horas com o presidente norte-coreano, Kim Jong-il, que concedeu o perdão à Laura e à Euna. O ex-presidente americano teria expressado a Kim Jong-il “sua mais sincera desculpa pelos atos hostis cometidos pelas comunicadoras contra a Coreia do Norte, após terem entrado no país ilegalmente”, segundo divulgou a agência norte-coreana KCNA, citada pelo canal de televisão CNN.
O governo da Coreia do Norte informou também que Clinton transmitiu a Kim uma mensagem de gratidão de Obama, pelo perdão concedido às duas mulheres.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que está em visita ao Quênia, expressou sua satisfação pela libertação das duas jornalistas. “Falei com meu esposo [Bill Clinton] enquanto estavam voando para a Califórnia, e tudo se saiu bem”, disse Hillary, que acrescentou que “elas [as jornalistas] ficaram muito emocionadas em seu breve reencontro com as famílias, quando chegaram à Califórnia”.
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