As jovens que participaram das festas do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e que supostamente haviam recebido em troca alojamento em um complexo residencial de Milão construído pelo grupo empresarial do governante, foram despejadas após o escândalo do chamado caso Ruby.
Segundo informaram nesta sexta-feira (21/01) os jornais Corriere della Sera e La Repubblica, a administração do imóvel pediu às jovens que saíssem em um prazo de oito dias por motivos de “decoro”.
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O Corriere della Sera publicou as declarações de uma das meninas, Barbara Guerra, que, perguntada se era verdade que haviam sido despejadas, respondeu: “Tenho aqui uma carta da imobiliária. Isto é absurdo, incrível, um pesadelo. Eu paguei o aluguel até abril”, protestou.
O jornal relatou que na carta as jovens são acusadas de “alterar a tranquilidade da vizinhança”.
O caso veio à tona no dia 15 de janeiro, quando o Corriere della Sera informou que em um interrogatório da Promotoria de Milão com Ruby R, a jovem marroquina revelou a existência desta espécie de “quartel-general”.
Em meio ao burburinho causado pelo escândalo do caso Ruby, o jornal Il Giornale, favorável ao primeiro-ministro, relatou nesta sexta-feira que durante o programa Annozero, da emissora pública italiana Rai, foi cometido uma “grave violação da privacidade”.
Segundo a publicação, no programa desta quinta-feira à noite, dedicado ao caso Ruby, foram expostos os sete primeiros números do suposto número de telefone celular de Berlusconi. O fato teria ocorrido quando foi mostrada a imagem da agenda telefônica pessoal da prostituta Nadia Macri, cujo nome veio à luz em novembro, ocasião em que afirmou ter mantido relações com o político em troca de 10 mil euros.
A Promotoria de Milão investiga Berlusconi por um suposto crime de incitação à prostituição de menores e concussão pelo caso Ruby, que frequentava as festas do chefe de Estado quando ainda era menor de idade.
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