O Tribunal Pleno Constitucional (TCP) da Bolívia habilitou nesta terça-feira (28/11) o presidente Evo Morales a disputar um quarto mandato. A ação, proposta por uma senadora do MAS (Movimento ao Socialismo), partido de Morales, foi julgada procedente e libera, também, deputados e governadores a tentarem reeleição.
Em um referendo realizado no fim de fevereiro, o governo propôs uma emenda à Constituição boliviana para permitir a segunda reeleição presidencial no país. A campanha entre o “sim” à emenda, promovida pelo governo, e o “não”, promovida pela oposição com amplo apoio da imprensa, foi acirrada, assim como o resultado final: o “não” venceu com 51,3% dos votos contra 48,7% para o “sim”.
A regra que limita as reeleições foi feita enquanto Morales já ocupava seu primeiro mandato e, como a lei não pode retroagir, a contagem do número máximo de reeleições começou a partir da eleição seguinte, que deu direito ao presidente de exercer seu segundo mandato.
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Agência Efe
Presidente boliviano está em seu terceiro mandato, que dura até 2020
Candidato na eleição seguinte, foi reeleito para um terceiro mandato, ele pedia à Justiça que derrubasse o limite para que pudesse ter a possibilidade de se candidatar novamente. Morales ainda não disse se vai concorrer novamente.
O deputado David Ramos, do MAS, elogiou a decisão judicial em declarações à agência oficial ABI. “O que fez o Tribunal Constitucional foi atuar em puro direito e será o povo nas urnas que vai decidir quem será o futuro governante a partir de 2020 pra frente”, afirmou.
Já a oposição reclamou. “Este dia será recordado de forma nefasta como um dia em que a democracia recebeu um golpe perverso através de um órgão judicial que prefere ir para casa congraçando-se com o governo”, afirmou o deputado Wilson Santa María, da agremiação Unidade Democrática (UD), segundo a ABI.
O presidente ainda não se pronunciou sobre a decisão.