O secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), Néstor Kirchner, afirmou nesta quarta-feira (7/7) que “há mais coincidências do que divergências” entre o bloco regional e os legisladores chilenos sobre a ratificação da entrada do país no organismo.
Kirchner, que chegou na terça-feira (6/7) ao Chile, se reuniu com senadores e se encontrou com o presidente Sebastián Piñera e com os ex-presidentes Ricardo Lagos (2000-2006) e Michelle Bachelet (2006-2010).
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“Sou otimista em relação ao avanço, tratamento e aportes que foram feitos para que evidentemente melhore o processo de integração que nos dispusemos a levar em frente os latino-americanos através da Unasul”, disse o ex-presidente argentino, segundo a agência de notícias seu país Télam.
O presidente do Senado chileno, Jorge Pizarro, por sua vez, reivindicou que a Unasul potencialize a integração regional e não se transforme em “mais um fórum”. Para ele, a integração regional deve ir da questão comercial e econômica, incluindo temas de política e cultura.
“Esperamos que a questão dos direitos humanos se potencialize, assim como a democracia, as políticas migratórias e que exista uma integração energética”, acrescentou o parlamentar.
Sobre o diálogo com Kirchner, o presidente do Senado afirmou que “foi uma reunião de trabalho muito boa e de avanço político por conta da importância que tem a instalação da União de Nações da América do Sul para avançar no processo de integração”.
A discussão sobre a Unasul tem sido tema de divergências no Chile, pois os legisladores governistas repudiam a participação do país no bloco por temerem o risco de que o governo venezuelano, de Hugo Chávez, exerça influencia sobre os demais membros.
Diante de tal “perigo”, eles exigem que o Executivo apresente algumas condições ao restante do bloco, como uma demanda para que a Unasul inclua em suas cláusulas garantias do respeito à democracia e aos direitos humanos, entre outros pontos.
A Unasul foi criada em 2008 e reúne 12 países da América do Sul com o objetivo de aumentar a integração regional entre seus povos e governos. Até o momento, já ratificaram o tratado constitutivo os congressos de Argentina, Bolívia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela.
*Com agências Ansa e Efe
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