O Parlamento do Kosovo elegeu nesta terça-feira (22/02) como presidente o polêmico multimilionário Behgjet Pacolli, enquanto o primeiro-ministro interino, Hashem Thaçi, conquistou um segundo mandato de quatro anos à frente do Governo da antiga província sérvia que autoproclamou sua independência em 2008.
Pacolli, o único candidato à Presidência, foi eleito na terceira rodada por 62 deputados em uma Câmara de 120 cadeiras, após não conseguir o apoio de dois terços da casa nas duas primeiras rodadas.
Os principais partidos da oposição boicotaram a sessão ao se ausentarem do plenário, após alegarem que Pacolli tem laços econômicos com a Rússia, país que se opõe à independência do Kosovo no Conselho de Segurança da ONU.
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“Vou trabalhar por um Estado de direito, contra a corrupção e o crime organizado. Também vou buscar que o Kosovo se transforme em um membro da União Europeia e da Otan “, disse Pacolli em seu primeiro discurso como presidente.
Nascido no Kosovo em 1941, Pacolli é considerado o cidadão kosovar mais rico graças à sua empresa de construção Mabetex, cuja sede fica na Suíça.
Já Thaçi obteve o respaldo de 65 dos 120 legisladores devido à troca de apoio entre seu Partido Democrático (KDP) e o da legenda do novo presidente, e aos representantes de outras minorias do Kosovo.
“Hoje se abre um novo capítulo, o de um Kosovo europeu, com desenvolvimento e reformas”, afirmou Thaçi diante das câmeras de televisão em seu primeiro discurso após renovar seu mandato.
Em seus três anos de independência, 75 países reconheceram a soberania do Kosovo, entre eles grandes potências ocidentais como os Estados Unidos, mas permanecem sem fazê-lo não apenas a Sérvia, mas também cinco nações da União Europeia, entre elas Espanha, assim como a Rússia, China, Índia e Brasil.
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