Hakimullah Mehsud, líder do maior grupo talibã do Paquistão, morreu nesta sexta-feira (01/11) em um ataque realizado por um avião não tripulado dos Estados Unidos (drone) na zona tribal do Waziristão do Norte (noroeste), informaram fontes da inteligência local.
O chefe do Taliban e Therik Paquistão (TTP) foi morto junto com outros quatro membros da organização quando, depois de deixar uma mesquita em Danda Darpakhel, um avião-espião americano atacou o veículo no qual viajavam, segundo o jornal Dawn.
De acordo com a publicação, várias fontes militares e dos serviços de inteligência confirmaram a morte do líder talibã, assim como a de outros dois importantes membros do TTP, Abdullah Bahar Mehsud e Tariq Mehsud. Os talibãs e o governo paquistanês ainda não confirmaram, nem desmentiram os fatos.
Danda Darpakhel está localizada a cerca de cinco quilômetros da capital do distrito, Miransha, um importante forte dos talibãs onde na quinta-feira (31/10) um ataque similar com um drone causou a morte de outras três pessoas.
O ministro do Interior paquistanês, Chaudhry Nisar Ali Khan, tinha confirmado, antes de saber da notícia da morte de Mehsud, os ataques com drones na região, algo que qualificou como uma tentativa de sabotar as negociações de paz com os talibãs.
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O governo paquistanês tinha afirmado hoje por meio do porta-voz, Pervez Rashid, que estaria preparado em duas semanas para iniciar negociações com o TTP. As declarações de Rashid se seguiram ao anúncio efetuado ontem em Londres pelo primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, que afirmou que as conversas já tinham começado, embora fontes oficiais tenham suavizado pouco depois as palavras do chefe de gabinete.
Fontes governamentais, citadas – mas não identificadas – nesta sexta pelo jornal Express Tribune, afirmaram que “o que se iniciou não são as conversas formais, mas o processo de diálogo”.
Por sua parte, o líder dos talibãs morto hoje tinha se mostrado a princípios de outubro “aberto a negociar” com o governo, apesar de então ter garantido que esses contatos ainda não tinham ocorrido.
“Acreditamos nas negociações sérias, mas o governo não deu nenhum passo para colocar-se em contato conosco”, indicou Mehsud em entrevista concedida no mês passado à rede britânica BBC.
Neste ano, foram registrados, no total, 20 bombardeios, que provocaram a morte de 130 pessoas.