Os líderes da UE (União Européia) chegaram hoje (1) a um acordo sobre como tramitar os “títulos podres” das entidades financeiras européias. De acordo com o texto, apresentado ao final da cúpula informal entre os chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros, realizada em Bruxelas, cada país poderá decidir como prefere tratar estes ativos, separando-os do balanço dos bancos, em uma entidade paralela a cada um (“banco mau”) ou em uma para todas as entidades do país, ou oferecendo garantias públicas sobre os mesmos.
A proposta, apresentada pelo executivo da EU, recebeu o apoio de todos os líderes, porém, o método de avaliação dos ativos ainda precisa ser determinado. Em princípio – e após definir essas questões técnicas – o acordo deve ser ratificado na cúpula oficial de governantes que acontecerá em Bruxelas nos dias 19 e 20 de março.
Para a UE, enquanto não liberar os bancos dos ativos danificados – produtos estruturados e créditos duvidosos em sua maioria, que não são líquidos porque não há comprador que os queira – o canal de crédito não recuperará a normalidade e as medidas de reativação e as ajudas aos bancos não serão efetivas.
Contra o protecionismo
Durante a reunião, os líderes apresentaram comunicado conjunto em que prometem fugir das “tentações protecionistas” e superar a grave crise financeira e econômica de forma unida e coordenada.
Eles reafirmaram também sua vontade de fazer uso máximo do mercado único europeu, que garante a livre circulação das mercadorias, serviços, pessoas e capitais, para sustentar o crescimento e o emprego.
Além disso, a UE anunciou que apoiará caso por caso os países do leste da Europa que estiverem com graves dificuldades financeiras, mas um grande plano de ajuda generalizada está fora de cogitação. O bloco prometeu “revisar a assistência já facilitada”, mas “reconhecendo que existem claras diferenças entre os Estados-membros da Europa central e do leste”.
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