A Grécia apresentou na noite de segunda-feira (23/02) uma lista com reformas internas a União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional). A proposta do novo governo grego prevê cortes de despesas públicas, redução de ministérios de 16 para 10 e medidas contra evasão e fraude fiscal.
Além disso, o país prometeu não voltar atrás em nenhuma privatização em andamento ou já finalizada. Na primeira semana do Syriza no poder, o governo anunciou que reverteria processos de privatização de empresas estratégicas.
EFE
Ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis, enviou plano poucos instantes antes do prazo, previsto para meia-noite de segunda
De acordo com a agência italiana Ansa, as propostas contêm apenas duas medidas sociais: entrega de vale-refeição e fornecimento de energia e saúde para as pessoas mais necessitadas. O plano ainda inclui promessas de reformar a política tributária, revisar e controlar os gastos em “todas as áreas” de gastos do governo “para racionalizar o sistema”.
Enviada pelo ministro grego de Finanças, Yanis Varoufakis, a lista faz parte de uma exigência dos credores para conceder extensão de quatro meses de empréstimos a Atenas. Por sua vez, o eurogrupo considerou a lista “suficientemente completa para ser um ponto de partida válido para uma conclusão positiva da revisão do programa” de empréstimo.
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“O governo grego está levando muito a sério as reformas. Devemos ver o quanto se pode fazer daquilo que se quer. Porém, é preciso uma cooperação, e não uma decisão unilateral”, declarou hoje o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, ao Parlamento Europeu. “Não será fácil, pois a lista de propostas é apenas uma indicação, e não um novo memorandum ou contrato”, completou.
Além disso, Dijsselbloem confirmou que os ministros de Economia e Finanças da zona do euro realizarão na tarde desta terça-feira uma teleconferência para analisar a lista de medidas a fim de decidir se concordarão com o empréstimo a Atenas.