O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, participou nesta terça-feira (14/12) da entrega de indenizações a 178 vítimas e familiares de desaparecidos durante a ditadura do general Alfredo Stroessner, entre 1954 e 1989.
“Não esqueçamos que uma reparação nunca é completa, mas é concreta e não apenas simbólica. O pagamento reconhece o mal cometido e em parte o conserta (…). É um ato de justiça”, disse Lugo durante o ato realizado na sede do Ministério da Fazenda.
O Estado paraguaio paga há vários anos indenizações às vítimas e familiares de desaparecidos do regime de Stroessner através do Ministério da Fazenda após um trâmite prévio na Defensoria Pública.
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Fontes governamentais informaram que a reparação econômica desta terça-feira é a quinta do ano, período em que o governo desembolsou 41.692 milhões de guaranis (9 milhões de dólares) para 548 pessoas.
A comissão que averiguou as violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura afirmou em seu relatório final, divulgado em 28 de agosto de 2008, que pelo menos 59 pessoas foram executadas e outras 336 desapareceram durante a ditadura.
Além disso, a comissão calculou em 128.076 o número de perseguidos a partir de 2.069 testemunhos de sobreviventes e familiares de pessoas desaparecidas.
Stroessner, que foi derrubado no golpe militar de 2 e 3 de fevereiro de 1989, se exilou no Brasil, onde morou até sua morte, em agosto de 2006.
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