O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse que a inflação
no país chegará aos 30% em 2018, três pontos percentuais mais alto do que as
projeções do Ministério da Fazenda. Para completar, nesta quarta-feira (01/08),
o governo anunciou que a tarifa de energia elétrica irá aumentar em quase 30%.
“Este ano, terminaremos com uma inflação ao redor de 30%, lamentavelmente,
produto desta tormenta, do aumento do petróleo e da corrida cambiária”, disse
Macri em entrevista à rádio Cadena 3, nesta terça-feira (30/07).
Macri também admitiu falhas na política econômica implementada
desde o início de sua gestão, em 2015. “Outra coisa que subestimamos foi que o
aumento das tarifas tem um impacto muito grande no índice de inflação. Tivemos
que aumentar em 1000%. Creio que agora estamos muito mais próximos [da meta] e
temos muito mais claro quais são os problemas com o gasto público”, disse.
Depois das eleições de 2017, o mandatário expressou que
baixaria o déficit gradualmente, mas, ao não ver resultados positivos e com a
vigência do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Macri, agora,
planeja baixar rápido o déficit fiscal, municipal e provincial.
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Inflação ficará acima da meta do governo, diz Macri (Foto: Wikicommons)
Energia
Por outro lado, o ministro de Energia, Javier Iguacel,
anunciou que os aumentos de tarifa de energia serão parciais em setembro e de
maneira total em outubro. Os incrementos oscilarão entre 20% e 28%, em uma
média de 24,4% para usuários sem tarifa social da capital e da Grande Buenos
Aires.
Os subsídios a shoppings, bancos, grandes empresas e
cassinos terão seus subsídios cancelados.
O aumento generalizado da tarifa de luz afetará os
estabelecimentos que vendem alimentos, já que estes também terão seus subsídios
cortados. Isso, de acordo com o presidente da Câmara Argentina de
Supermercados, Ricardo Zorzón, provocará um aumento nos custos, que podem ser
repassados ao consumidor.
(*) Com teleSUR