Madagascar vive instabilidade política após tentativa de golpe por militares
Madagascar vive instabilidade política após tentativa de golpe por militares
Vítima de frequentes golpes de Estado, Madagascar, país na costa Sudeste da África, vivenciou ontem (18/11) a tentativa de mais um. Cercado por altos oficiais militares, o coronel Charles Andrianasoavina anunciou, em um quartel próximo ao aeroporto da capital, Antananarivo, que havia deposto o presidente Andry Rajoelina. O coronel afirmou que as forças armadas “buscarão a reconciliação nacional”.
Por sua vez, Rajoelina, presidente mais jovem da África, com 36 anos, pediu ao militares que “dialoguem” com o governo e negou que tenha sido deposto. O atual presidente chegou ao poder por meio de um golpe em março de 2009 e realizou um referendo na quarta-feira (17/11) para legitimar seu mandato. Parte dos amotinados apoiou o golpe no ano passado, que derrubou o presidente eleito Marc Ravalomanana.
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O ex-presidente Albert Zafy, que tentava mediar um acordo de coalizão entre Rajoelina e Ravalomanana, disse que Rajoelina deveria se demitir. “Apoiamos a ação dos oficiais rebeldes. Andry Rajoelina e (o primeiro-ministro) Camille Vital deveriam renunciar, e não se aferrar ao poder”, disse Zafy à Reuters.
Os militares dizem que dissolveram as instituições do governo e formaram um comitê, e ameaçaram fechar o espaço aéreo de Madagascar, além de sugerirem que retirarão o presidente do palácio a força. No entanto, de acordo com informações da BBC, há poucos indícios de que o plano dos militares rebelados dê certo, pela falta de adesão de outros setores do exército.
Em rede de televisão nacional, Vital pediu aos militares que “respeitem a disciplina, as instituições e mostrem professionalismo”, segundo a agência AP.
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