O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta sexta-feira (04/11), que o governo não aceitará um “ultimato” ao diálogo com a oposição iniciado na semana passada.
Após o início do processo de diálogo político no último domingo (30/10) com mediação na Unasul (União de Nações Sul-americanas), a oposição impôs um prazo de tempo ao governo de Maduro para decidir se continuará na mês,a o que foi considerado pelo presidente como um “ultimato” que ameaça o processo de conversas.
“Não aceitamos ultimato. Não vamos aceitar que as mesas de diálogos parem. O futuro da Venezuela tem que ser o diálogo, a convivência, o respeito mútuo”, afirmou o chefe de Estado durante o programa La Hora de la Salsa, da Radio Miraflores.
Agência Efe
Governo venezuelano e oposição iniciaram processo de diálogo na semana passada
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A oposição venezuelana, reunida na MUD (Mesa da Unidade Democrática), ameaçou abandonar as negociações caso não haja consenso até o dia 11 de novembro, data para a qual está marcada a segunda reunião de debates, sobre a convocação de um processo eleitoral.
Henrique Capriles, duas vezes candidato à presidência da Venezuela e principal promotor do referendo que buscava revogar o mandato de Maduro, advertiu que se o diálogo iniciado em Caracas não oferecer resultados nesse prazo, o país entrará em “uma etapa de muitíssima incerteza”.
“Ou no dia 11 (de novembro) – quando está fixada a segunda reunião geral de diálogo – há um resultado concreto, uma manifestação clara que isto vai para algum lugar, ou esse diálogo que o governo matou, assassinou, e Venezuela entra em uma etapa de muitíssima incerteza, muito perigosa, que não queremos”, disse Capriles.
A MUD também pediu que se abra um “canal humanitário” para que cheguem alimentos e remédios no país, a libertação de políticos presos, e o respeito à autonomia dos poderes públicos.
(*) Com agências