O presidente das Maldivas declarou estado de emergência por 30 dias no país, dois dias após sofrer um novo atentado. A medida entrou em vigor ao meio dia (5h da manhã em Brasília) da quarta-feira (04/11).
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O presidente Abdulla Yameen decretou estado de emergência por 30 dias
Abdulla Yameen suspendeu todos os direitos básicos e deu mais poderes e autoridade às forças de segurança da nação. Segundo o presidente, a medida tem a intenção de garantir a segurança de todos os cidadãos do arquipélago.
“Meus queridos cidadãos, eu garanto a vocês que, ao enforçar este decreto, os direitos e liberdades determinados pela Constituição só serão restritos dentro dos limites da Constituição, e somente até a extensão requerida pela situação”, disse Yameen em declaração oficial.
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Sete artigos da Constituição foram suspensos, incluindo aqueles que garantem ao cidadão o direito de assembleia e o direito de ir e vir. Os cidadãos também poderão ser presos arbitrariamente caso sejam considerados suspeitos.
A medida foi outorgada apenas dois dias após terem sido encontrados explosivos num carro próximo de onde estava o presidente. A bomba foi desarmada com sucesso. No mês passado, o presidente também foi vítima de atentado: ocorreu uma explosão na embarcação de Yameen, que feriu levemente sua esposa. Investigações descobriram que o atentado havia sido articulado pelo vice-presidente, que foi preso.
“O propósito do anúncio de hoje é mandar uma mensagem clara. Aqueles que querem causar danos e distúrbios por meio da violência – sejam seus objetivos políticos, religiosos ou outros – não têm lugar no nosso país. Nós somos uma jovem e vibrante democracia e faremos tudo o que pudermos para manter esses valores”, disse o ministro das relações exteriores, Dunya Maumoon, ao The Guardian.