Peritos mexicanos identificaram nas últimas horas da noite de ontem mais cinco entre os 72 imigrantes ilegais mortos na terça-feira em uma fazenda de San Fernando, no estado de Tamaulipas, aumentando para 20 a quantidade de corpos reconhecidos.
O procurador de Tamaulipas, Jaime Rodríguez, indicou nesta quinta-feira que os agentes forenses realizaram 40 necrópsias no total.
Em um primeiro informe, ele adiantou que foram identificados quatro salvadorenhos e um brasileiro, ainda que não tenham sido especificadas as nacionalidades das demais vítimas já reconhecidas. Acredita-se que também haja equatorianos e hondurenhos entre elas.
De acordo com Rodríguez, os restos mortais já identificados serão enviados à Procuradoria de Justiça em Reynosa, uma das principais cidades de Tamaulipas e próxima à norte-americana McAllen, no Texas, para que sejam reclamados pelas autoridades consulares.
Diplomatas de El Salvador, Honduras e Equador chegariam ontem à região para ajudar nos trabalhos. O Brasil enviou o cônsul-geral no México, Márcio Lage, ao local.
O massacre de 58 homens e 14 mulheres está sendo atribuído ao grupo criminoso Los Zetas, segundo testemunhos do único sobrevivente – o equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, que conseguiu escapar ao se fingir de morto depois de ser baleado e procurar as autoridades.
Conforme seus relatos, os criminosos interceptaram os imigrantes, que tentavam chegar à fronteira com os Estados Unidos e lhes convidaram a trabalhar como pistoleiros do bando, que disputa o controle da região com o cartel narcotraficante do Golfo. Frente à recusa dos estrangeiros, todos foram assassinados.
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