Pelo menos 20 estudantes da Escola Normal Rural Isidro Burgos ficaram feridos e 15 foram presos após uma ofensiva de policiais estaduais e federais do México na tarde desta quarta-feira (11/11). O episódio ocorreu na estrada que liga as cidades de Tixtla e Chilpancingo, no estado mexicano de Guerrero.
EFE
Segundo o porta-voz da escola de Ayotzinapa, alguns estudantes ainda não apareceram
Cerca de 130 normalistas, nome dado aos alunos que estudam para se tornar professores, estavam se deslocando de ônibus entre as cidades. O episódio lembrou o caso dos 43 estudantes da mesma escola que desapareceram em setembro do ano passado.
Segundo a versão da polícia, os estudantes haviam roubado um caminhão carregado de gasolina. Após os policiais pararem os ônibus dos estudantes, houve enfrentamento com pedras, paus e gás lacrimogêneo. Por volta de 50 normalistas fugiram em direção às montanhas do local.
Omar García, porta-voz dos normalistas, afirmou que muitos estudantes seguem desaparecidos desde o episódio. José Castillo, membro do comitê estudantil, relatou que os policiais quebraram os vidros dos ônibus. “Nos atacaram pelas costas, dispararam nos ônibus e nos prenderam dentro, não podíamos sair. Alguns de nós escaparam pelas janelas, mas alguns desmaiaram lá dentro”, disse ele.
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O sequestro de caminhões de gasolina por parte dos normalistas é uma prática comum, com o fim de abastecer os veículos em que se locomovem.
García declarou que cerca de 250 normalistas estavam mobilizados para encher os combustíveis de sete ônibus na capital do estado, Chilpancingo. O objetivo era transportar estudantes para um protesto em 14 de novembro que relembra o episódio do Congresso estadual, em 2007, em que houve enfrentamentos violentos e mais de 800 manifestantes que ocupavam o Congresso foram desalojados pela polícia.
EFE
Ao menos 15 normalistas foram detidos pela polícia