O ditador de Honduras, Roberto Micheletti, estaria disposto a renunciar a chefiar o governo de união nacional que deve ser formado até esta quinta-feira (5) em virtude do acordo assinado com o presidente deposto, Manuel Zelaya, assegurou hoje a comissão internacional de verificação.
“O senhor Micheletti deixou claro que está disposto a ficar de lado”, disse em entrevista coletiva a secretária do Trabalho dos EUA, Hilda Solís, membro da comissão. Mais cedo, ela se reunira hoje com o presidente de fato junto ao ex-presidente chileno Ricardo Lagos.
Já Lagos afirmou que Micheletti “entende que a Constituição e a instalação de um governo de união nacional provavelmente serão fortalecidas se ele entender que está em condições de fazer uma resignação aos cargos que ostenta”.
O representante de Zelaya na comissão, Jorge Reina, declarou que o presidente voltou atrás na ameaça de declarar rompido o Acordo de Tegucigalpa-San José se não for restituído no poder amanhã.
“Não queremos projetá-lo nesses termos porque sentimos a vontade também da comunidade internacional de nos apoiar”, disse Reina, embaixador do governo legítimo nas Nações Unidas.
Além disso, o diplomata assegurou que continua sendo possível a volta ao poder de Zelaya amanhã. A decisão, no entanto, será tomada pelo Congresso, cuja mesa diretora ainda não convocou a votação em plenário.
Lagos e Solís deveriam deixar Honduras ainda hoje, depois que o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, nomeou José Octavio Bordón e Enrique Correa como seus representantes pessoais para apoiar a comissão.
Tanto Zelaya quanto Micheletti expressaram intenção de liderar o governo.
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