Policiais e militares fiéis à ditadura em Honduras reprimiram com violência hoje (7) um ato de manifestantes pró-Manuel Zelaya em frente à Embaixada do Brasil, onde o presidente deposto está abrigado, em Tegucigalpa.
A confusão ocorreu no momento em que começam as negociações, mediadas por uma comissão de chanceleres dos países-membros da OEA (Organização dos Estados Americanos), para tentar encerrar a crise política no país.
Gustavo Amador/EFE
Os policiais lançaram granadas de gás lacrimogêneo para dispersar os cerca de 150 manifestantes, que fugiram para ruas próximas. A multidão gritava frases a favor do presidente deposto, como “Zelaya, o povo se levanta” e “Zelaya, amigo, o povo está contigo”.
Conversas
Enquanto manifestações são reprimidas com violência em Honduras, a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que chegou hoje a Tegucigalpa tenta negociar um acordo entre representantes do presidente deposto, Manuel Zelaya, e do líder golpista, Roberto Micheletti.
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, Bruno Stagno, que integra a missão da OEA, os representantes de ambos os lados concordam com 85% do Acordo de San José, que busca uma solução para a crise política local. “Há dois pontos que continuam em discórdia e que vão fazer parte do diálogo”, destacou Stagno em declarações a jornalistas, sem dar detalhes.
“Queremos um acordo político que permita a realização de eleições, e esse acordo deve chegar antes do pleito. É necessário que haja a reconciliação do povo hondurenho e isto tem que ser quase imediato”, acrescentou Stagno.
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