A missão internacional encarregada de desmontar o arsenal de armas químicas da Síria tem fundos suficientes para operar somente até final de ano, reconheceu nesta terça-feira (05/11) a chefe da equipa formada pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) e pela ONU, Sigrid Kaag, depois de comparecer no Conselho de Segurança.
Kaag detalhou que o fundo conta com US$ 10 milhões da Opaq e outros US$ 2 milhões do fundo da ONU, mas advertiu que no futuro será necessário mais dinheiro “sujeito à aprovação do comitê executivo da Opaq”.
A responsável holandesa participou de uma reunião a portas fechadas com os 15 membros do Conselho de Segurança para fazer um balanço do primeiro mês de trabalhos da missão. Kaag celebrou os “progressos” obtidos no último mês, em que visitaram a maioria dos lugares combinados, e destacou a “cooperação construtiva” das autoridades sírias.
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Por enquanto, a missão não teve acesso a dois dos lugares previstos, indicou a chefe da missão Opaq-ONU, mas Kaag afirmou que acredita poder fazê-lo assim que as condições de segurança permitirem.
Durante as consultas, alguns dos Estados-membros questionaram a situação de segurança na Síria e do pessoal da missão, assim como da necessidade de apoiar a implementação do plano para eliminar o arsenal químico. Sobre este ponto, Kaag disse que ainda se está negociando em Haia onde acontecerá a destruição das armas químicas, e antecipou que a decisão será divulgada no próximo dia 15.
Por último, a chefe da missão lembrou que os especialistas da Opaq e da ONU estão operando em uma zona de guerra. Por esse motivo, as medidas de segurança são revisadas diariamente para garantir que podem fazer seu trabalho sem pôr o pessoal em risco.