A agência de classificação de risco Moody's confirmou nesta segunda-feira (16/01) a nota máxima da dívida soberana da França com uma perspectiva estável (AAA). Entretanto, a agência ressaltou que a qualificação está sob vigilância.
Em comunicado, a agência indicou que deve realizar uma nova avaliação da nota francesa e da dos demais países da União Europeia ao longo do primeiro trimestre do ano.
A agência acrescentou que a qualificação da França estará ameaçada se o valor da dívida pública em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) aumentar ou se a conjuntura econômica e financeira do país se deteriorar.
Uma piora do contexto econômico no conjunto da Europa também poderia ter implicações negativas para a nota francesa, acrescenta a agência, que levanta a possibilidade da França ter que participar do resgate de outros membros da UE ou de suas instituições bancárias.
Depois que o governo francês deu início a dois planos de austeridade, em agosto e novembro do ano passado, a margem de manobra do Executivo para enfrentar as possíveis turbulências econômicas se reduziu de forma significativa, avaliou a Moody's.
Paris conta com menos recursos do que tinha quando, em 2008, explodiu a primeira crise financeira e na atual conjuntura o governo se vê obrigado a consolidar suas finanças em um momento crítico para o crescimento econômico, indicou.
Além disso, a agência advertiu que as perspectivas de crescimento econômico internas e externas põem em perigo o sucesso das metas orçamentários divulgadas pelo Executivo.
O anúncio da Moody's acontece depois que a S&P tirou na última sexta-feira o “triplo A” da nota da dívida da segunda economia da zona do euro, que passou a ter a nota AA+, um grau a menos do que a Alemanha, que manteve a máxima qualificação.
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