O ex-senador Luis Corvalán Lepe, líder do Partido Comunista chileno, morreu nesta quarta-feira (21/7) em Santiago, aos 94 anos de idade. Ele estava internado por causa de problemas nos brônquios, mas as causas exatas do falecimento ainda não foram esclarecidas.
Em comunicado divulgado à imprensa, o PC manifestou “profunda dor” pela morte de seu militante.
Político, professor e jornalista, Corvalán foi secretário-geral do PC entre 1958 e 1989 e um dos principais apoiadores do governo de Salvador Allende (1970-1973). Tornou-se senador em 1961 e foi reeleito em 1969, mas teve seu mandato interrompido pelo golpe militar liderado por Augusto Pinochet.
Após o golpe, Corvalán, assim como dirigentes políticos do PC e membros do governo de Allende, foi preso e enviado à ilha Dawson, onde ficou em preso até 1976, quando foi exilado da União Soviética após negociação entre o governo local e Pinochet, que acordaram a troca do militante chileno pelo dissidente Vladimir Bukovsky. Aquela foi a segunda vez que Corvalán viveu na clandestinidade. Em 1946, durante o governo de González Videla, o ex-senador levado às cidades de Pitrufquén e Pisagua, ambas no Chile.
Retorno
Em 1888, quando chegava ao fim a ditadura militar chilena, Corvalán regressou ao país e participou do processo de redemocratização do país apesar de no ano seguinte deixar oficialmente o cargo de secretario geral do PC.
Autor de livros como livro El Derrumbe del Poder Soviético (1995) e El Gobierno de Salvador Allende (2003), Corvalán tornou-se referencia na discussão socialista e no na democratização chilena, chegando a ser premiado em 1974, quando ainda estava na prisão com o prêmio Lenin da Paz – equivalente ao Nobel da Paz que era entregue anualmente pela Uniao Soviética.
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