O terremoto e a série de réplicas que atingiram a província de Qinghai, no oeste da China, mataram pelo menos 617 pessoas. Mais de mil pessoas foram resgatadas. A cidade de Jiegu (Gyegu, em tibetano), com uma população de 100 mil pessoas e sede do governo do distrito, é uma das áreas mais prejudicadas pelo terremoto, que feriu dez mil pessoas.
“Muita gente segue debaixo dos escombros das casas derrubadas no povoado Gyegu”, explicou Huang Limin, subsecretário-geral do governo provincial à agência de notícias Xinhua.
Leia também:
Forte terremoto abala o noroeste da China e mata centenas de pessoas
Mais de 10 abalos sísmicos foram registrados ao redor do mundo em 2010
O terremoto principal, de magnitude 7,1 na escala Richter (segundo especialistas chineses), aconteceu às 7h49 (20h49 de terça, em Brasília) e teve epicentro a 33 quilômetros de profundidade.
Qinghai, habitada por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han, foi uma das zonas devastadas pelo terremoto que, em maio de 2008, sacudiu o norte da província vizinha de Sichuan, que deixou cerca de 90 mil mortos e desaparecidos.
Desabrigados
Em Yushu, na província de Qinghai, muitas pessoas buscaram abrigo em prédios que permaneceram em pé após o tremor. No pátio do Comitê de Esportes de Yushu, cerca de mil pessoas estavam sentadas ou deitadas no chão em meio à completa escuridão.
Algumas se protegiam com panos retirados dos escombros, enroladas em cobertores, deitadas em colchonetes finos no chão com caixas de papelão servindo de travesseiro. Algumas montaram barracas e outras ligaram as lanternas de motos. Outros entraram em carros danificados pelos tremores, cobrindo os buracos com pedaços de plástico.
“Estou com fome e sede, estamos esperando por ajuda desde a manhã”, disse Zhaxi Toinzhub à Xinhua. Ela disse que seus três filhos ainda estão sob os escombros.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL