O presidente do México, Felipe Calderón, pediu nesta quarta-feira (21/09) que a ONU (Organização das Nações Unidas) trabalhe para regulamentar a indústria de armas, como forma de combater a criminalidade.
“O crime, hoje em dia, está matando mais gente e mais jovens do que todos os regimes ditatoriais do mundo neste momento”, alertou o mandatário, ao discursar na 66ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
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Ele afirmou que a única razão pela qual os criminosos têm acesso “irrestrito” a armas pesadas é o lucro “irrefreável” da indústria de armamentos que, “quando há uma guerra civil, vê uma oportunidade de vender mais e mais”.
Calderón relacionou os países consumidores de drogas e assinalou que essas nações podem colaborar para “reduzir os lucros desse mercado negro”.
O presidente mexicano também deu destaque em seu discurso à alta das commodities, ao combate à pobreza e a uma reforma nas Nações Unidas, principalmente do CS (Conselho de Segurança) do organismo.
Ele responsabilizou a especulação financeira pelo crescimento constante dos preços dos alimentos no mundo e, consequentemente, pelo aumento da fome.
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O México teme ser afetado no futuro com a alta das commodities, uma vez que, segundo previsões, daqui 30 anos, o abastecimento de alimentos no país dependerá em 80% das importações.
Calderón também tratou do possível pedido da ANP (Autoridade Nacional Palestina) de inclusão como um Estado-membro da ONU, e defendeu que a entidade tem a “responsabilidade de contribuir” com uma solução “negociada” para a criação do Estado palestino, desde que seja “politicamente viável”.
“Nenhuma solução pode ser encontrada se uma das partes, de forma implícita ou explícita, quer a eliminação da outra parte”, acrescentou.
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