A China defendeu nesta segunda-feira (26/09) na Assembleia Geral da ONU um maior protagonismo do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) na governança econômica global, para aumentar a representação dos países emergentes.
O G20 concentra 90% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial e é integrado pelos países do G-8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia), a União Europeia (UE), Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Turquia.
A China “apoia a transição do G20 de um mecanismo de resposta a curto prazo à crise a um de longo prazo para a governança econômica global e à promoção da recuperação e crescimento da economia mundial”, afirmou o ministro de Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi.
Jiechi, que representou seu país na Assembleia Geral da ONU, ressaltou o apoio “aos esforços dos mercados emergentes para desenvolver novos modelos de cooperação internacional”.
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“Nos opomos firmemente a todas as formas de protecionismo e fazemos uma chamada ao reforço do regime multilateral de comércio”, frisou, defendendo também a finalização da rodada de Doha para a liberalização do comércio mundial.
O representante da segunda economia mundial apontou que todos os países “grandes ou pequenos, fortes ou fracos, ricos ou pobres, são membros da comunidade internacional e seu direito ao desenvolvimento deve ser protegido”.
Em termos políticos, Jiechi advertiu na tribuna da ONU sobre a necessidade de respeitar o “princípio de não-ingerência” nos assuntos internos de outros países, que “unicamente devem ser decididos por seu próprio povo”.
Além disso, expressou o apoio da China ao reconhecimento da Palestina como Estado na ONU, reivindicação que está sendo analisada pela primeira vez no Conselho de Segurança da ONU, mas que os EUA devem vetar.
“Apoiamos os esforços para conseguir uma solução de dois Estados, através da negociação política, assim como o estabelecimento, sobre a base das fronteiras de 1967, de um Estado palestino independente que desfrute de total soberania com Jerusalém Oriental como capital”.
O ministro de Relações Exteriores chinês considerou que essa solução faria progredir em paralelo as conversas de paz da Síria e no Líbano e, em geral a paz duradoura no Oriente Médio entre os países árabes e Israel.
Além disso, manifestou o “respeito” à decisão do povo líbio com o reconhecimento do CNT (Conselho Nacional de Transição) e advertiu que, no caso da Síria, a “promoção do diálogo e as reformas são a maneira correta” de resolver a atual crise.
A comunidade internacional, disse Jiechi, deve respeitar “a soberania, a independência e a integridade territorial” da Síria e conduzir o tema de uma “maneira prudente” para prevenir turbulências nesse país e suas repercussões na paz regional.
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