Os Estados Unidos estão prontos para agir por meio de sanções contra a Rússia se for necessário, disse o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken nesta quarta-feira (19/01) em Kiev, na Ucrânia, ao lado do ministro das Relações Exteriores do país, Dmitry Kuleba.
De acordo com o representante dos Estados Unidos, há um conjunto de embargos que podem ser impostas ao território russo, envolvendo “componentes financeiros, econômicos e de controle de exportação”.
Ainda segundo ele, as gestão de Joe Biden espera não ter que chegar a este cenário, mas se for necessário “agiremos fortemente”.
Por sua vez, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov afirmou que a Rússia não pretende fazer mudanças na movimentação de tropas em seu próprio território sob pressão.
Além disso, Ryabkov declarou que, no diálogo com os EUA, a Rússia explicou que as sanções contra Moscou não funcionam e não alterarão as políticas do país. “Não vou esconder que preferiríamos encontrar um entendimento recíproco e um acordo, sobretudo com os EUA. Envolver um círculo de países grande demais nesse processo nos parece contraprodutivo”, afirmou.
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Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, ao lado do secretário norte-americano Antony Blinken na capital ucraniana
Blinken desembarcou na manhã desta quarta na capital ucraniana. O chefe da diplomacia norte-americana foi recebido pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e, na próxima sexta-feira (21/01), se reunirá com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em Genebra, em uma nova tentativa de diálogo entre as partes.
Segundo o secretário, Washington está pronto para fornecer à Ucrânia o apoio de segurança. “No ano passado, fornecemos mais assistência de segurança do que em qualquer outro período desde 2014”, disse.
O alto funcionário também prometeu “ajuda adicional acima da já planejada” no caso de uma “invasão” na Ucrânia pela Rússia. Por sua vez, o presidente Zelensky agradeceu pelo “apoio em tempos difíceis”, o que inclui o envio de mais US$ 200 milhões para assistência em defesa e segurança.
A Rússia, no entanto, insta que os EUA parem de entregar armas à Ucrânia. Ryabkov declarou que não há risco de uma guerra em grande escala na Europa e que a Rússia não pretende atacar a Ucrânia.
O Kremlin nega as acusações e denuncia o expansionismo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que já engloba diversos países próximos ao Mar Báltico e hoje mira a adesão de Ucrânia e Geórgia.
(*) Com Sputnik, RT e Ansa.