O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta sexta-feira (18/12) que a saída do presidente sírio, Bashar al-Assad, do cargo é necessária para a paz no país. Segundo Obama, a diplomacia dos países envolvidos no conflito precisa encontrar um modo de se chegar a uma transição política na Síria que permita que “sejam respeitadas” as demandas da Rússia e do Irã, principais aliados de Assad e que defendem sua permanência no cargo.
EFE
Entrevista coletiva de imprensa nesta sexta-feira (18/12) fez um balanço da política do governo norte-americano em 2015
“Enquanto Assad estiver lá [na presidência], não conseguiremos chegar à estabilidade”, afirmou o presidente. “Acredito que Assad precisa sair para que termine o derramamento de sangue no país e para que todos os partidos possam seguir em frente de forma não sectária. Ele perdeu a legitimidade”, disse Obama.A Síria vive uma guerra civil há mais de quatro anos e meio que deixou mais de 250 mil mortos e forçou o deslocamento de mais de 11 milhões de pessoas, para o exterior ou para outras regiões do país.
Obama concedeu a entrevista coletiva anual na Casa Branca, em que tratou de diferentes assuntos do governo norte-americano durante 2015, incluindo a COP21, o Acordo Transpacífico, o combate ao EI (Estado Islâmico) e o terrorismo nos EUA.
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“Nós vamos derrotar o Estado Islâmico”, afirmou Obama. O presidente norte-americano disse que, para derrotar o EI, é necessário que a guerra civil na Síria termine e assim a atenção das potências mundiais irá se dirigir à luta contra os extremistas. Os Estados Unidos lideram uma coalizão militar que bombardeia alvos do EI.
O presidente norte-americano disse ainda que “áreas sem-lei” no Oriente Médio precisam ser eliminadas, segundo ele, pois são um território propício para extremistas.
Partido Republicano
Perguntado sobre o Acordo de Paris, o presidente disse acreditar que, na campanha presidencial de 2016, o candidato republicano provavelmente irá citar que o Acordo dificulta o crescimento econômico do país. Segundo Obama, os Estados Unidos desempenharam uma liderança diplomática que foi crucial para a assinatura do Acordo, há uma semana.
O presidente norte-americano afirmou que o Partido Republicano é o único que ele conhece, entre os países desenvolvidos, que nega a existência das mudanças climáticas. Obama também afirmou acreditar que um presidente do Partido Democrata irá sucedê-lo em 2017.