O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta segunda-feira (04/01) que o avanço do narcotráfico no país se deu por “inércia ou cumplicidade” do governo de Cristina Kirchner. Macri disse que um dos três compromissos do seu governo é o combate ao tráfico de drogas e que trabalhará para “se libertar o mais cedo possível desse dano que estamos sofrendo como sociedade”.
EFE
Fuga de três criminosos de presídio de segurança máxima completou 8 dias nesta segunda-feira
“Todos nós sabemos que, infelizmente, seja por inércia, incapacidade ou cumplicidade do governo anterior, [o narcotráfico] avançou como nunca no nosso país. Não é um tema de uma província ou região, e sim um tema que afeta todos os argentinos e corrompe as nossas instituições”, disse Macri durante a cerimônia de abertura oficial do verão na cidade de Mar de Plata, na província de Buenos Aires, em que anunciou medidas para o setor do turismo.
As declarações de Macri se dão no contexto da “tripla fuga” que tem inquietado a Argentina. No domingo da semana passada (27/12), três homens que haviam sido condenados a prisão perpétua por um triplo homicídio em 2008 fugiram do presídio de segurança máxima de General Alvear, localizado na província de Buenos Aires e a cerca de 220 km da capital. Eles continuam foragidos.
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Víctor Schillaci e os irmãos Christian e Martín Lanatta foram condenados pela morte de três empresários que eram vinculados ao tráfico de efedrina, substância usada na fabricação de drogas sintéticas. Em julho do ano passado, no período de campanha eleitoral na Argentina, Martín Lanatta afirmou ter agido a mando do então chefe de gabinete de Cristina Kirchner e candidato ao governo de Buenos Aires, Aníbal Fernández, que foi derrotado nas urnas.
A fuga teve grande repercussão pública e política no país. A governadora da província de Buenos Aires, María Eugenia Vidal, destituiu toda a cúpula do serviço penitenciário da província.
Além de Vidal, também estiveram presentes na cerimônia desta segunda-feira o ministro do Turismo, Gustavo Santos, e autoridades locais. Em meio à crise da chamada “tripla fuga”, Macri sinalizou apoio a Vidal, a quem chamou de “governadora maravilhosa”. Os dois fazem parte do mesmo partido, o PRO (Proposta Republicana).