O navio Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira (13/01) na região italiana da Toscana, teria batido em uma rocha e depois encalhado em um banco de areia, segundo disseram fontes ligadas à investigação do acidente.
O choque contra uma rocha teria ocorrido, provavelmente, a algumas milhas de distância da ilha de Giglio. Com uma ruptura no casco, a embarcação continuou navegando até que a tripulação emitiu uma sinalização à Capitania dos Portos, informando que “entrava água” no barco.
Em um primeiro momento, a tripulação imaginou que poderia conter a emergência, mas, quando notou que seria impossível, resolveu mudar a rota e se dirigir à ilha de Giglio, segundo investigações preliminares.
De acordo com especialistas italianos, a proximidade com o continente impediu que o acidente tivesse proporções maiores.
O Costa Concordia estava seguindo uma “rota errada, não deveria estar naquele ponto”, disse uma fonte ligada às investigações técnicas.
“Se isso ocorreu por um erro humano, por uma falha nos dispositivos de bordo ou pelas duas causas, será determinado pelas investigações recém-iniciadas”, acrescentou.
A Guarda Costeira italiana vai abrir duas investigações, sendo uma penal e uma administrativa, de acordo com o responsável pelas relações externas do comando geral da entidade, Filippo Marini.
O procurador de Grosseto, Francesco Verusio, também anunciou que será aberto um inquérito para investigar as causas do acidente. “Vamos verificar quem estava no comando do navio, onde o comandante estava, e entender as causas [do acidente]”.
O diretor-geral da companhia Costa Cruzeiros, Gianni Onorato, ressaltou, por sua vez, que “os procedimentos de segurança previstos nestes casos foram seguidos corretamente”.
“Em 64 anos de história, é o momento mais trágico para a Costa Cruzeiros, estamos consternados”, disse Onorato.
A embarcação levava mais de quatro mil passageiros. Até o momento, foram anunciadas três vítimas fatais, mas as equipes de resgate falam em seis mortos. Havia 53 brasileiros à bordo. Todos foram resgatados e se encontram bem.
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, demonstrou “pesar” e “solidariedade” aos familiares das vítimas do naufrágio.
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