O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (03/01) que deu sinal verde aos Estados Unidos para outra moratória na construção de assentamentos judaicos em territórios palestinos ocupados, mas que o governo dos Estados Unidos preferiu seguir outro caminho.
Em declarações diante da Comissão de Exteriores e Segurança de Israel, o primeiro-ministro afirmou que seu governo estava disposto a manter a interrupção das construções.
“Quando os palestinos entraram em cena ao final da moratória, foi proposta uma continuação por outros três meses. Nós estávamos dispostos, ao contrário do que foi divulgado”, disse.
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Segundo as declarações, em reunião dedicada às negociações com os palestinos e a situação regional, o líder israelense sinalizou ao presidente dos EUA, Barack Obama, que “poderia aprovar a moratória no Conselho de Ministros”, mas que “então chegou uma notificação americana informando que o assunto tinha sido descartado”.
As negociações entre israelenses e palestinos foram interrompidas no dia 27 de setembro, um dia após o fim da moratória parcial de 10 meses decretada no final de 2009 e da recusa dos palestinos de continuar negociando enquanto Israel não declarasse outra suspensão da construção na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro insistiu em que o impasse não foi gerado por recusa de Israel, mas porque Washington chegou à conclusão de que “a decisão não surtiria efeito, apenas causaria uma situação de moratórias intermináveis”.
Netanyahu reconheceu que as negociações estão “estagnadas”, mas culpou os palestinos por isso. “Nenhum acordo de coalizão deterá as negociações. Nós nos esforçamos, mas os palestinos não avançaram nem um milímetro”, argumentou.
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