O suspeito de ser o novo responsável pela execução de atentados internacionais da rede terrorista Al-Qaeda, Adnan Shukrijumah, teria vivido por 15 anos nos Estados Unidos e conhece bem o país, segundo fonte do FBI (polícia federal norte-americana) citada pela agência de notícias Associated Press.
Shukrijumah, de 35 anos, tem agora a tarefa de “elaborar e aprovar planos terroristas e cuidar do recrutamento”, de acordo com o FBI, e com isso teria contato direto com Osama bin Laden. Ele assumiu o posto com a prisão de Khalid Sheikh Mohammed, considerado mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001.
“A melhor maneira de dizer é que ele toma decisões operacionais”, disse o investigador Brian LeBlanc, agente da unidade de contraterrorismo do FBI em Miami, à AP. “Ele supervisiona ataques aos EUA e outros países ocidentais”.
De acordo com o próprio FBI, Shukrijumah teria sido treinado pela Al-Qaeda no Afeganistão nos anos 1990, quando a rede de Bin Laden permaneceu atuante no país após forçar a retirada das tropas soviéticas em 1989 – no que teve ajuda financeira e material dos Estados Unidos. Hoje, a Casa Branca oferece uma recompensa de 5 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.
Este ano, o nome de Shukrijumah foi citado como o cérebro por trás do complô frustrado para detonar explosivos no metrô de Nova York. O terrorista acabou indiciado no processo – a primeira acusação formal contra ele na Justiça dos EUA.
Trajetória
Adnan Shukrijumah nasceu na Arábia Saudita e foi criado na Guiana, país de maioria islâmica vizinho ao Brasil, onde seu pai era imame (equivalente muçulmano a pastor ou padre). Com a transferência do pai para os EUA, já nos anos 1990, o rapaz acompanhou a família, primeiro morando em Nova York e depois na Flórida, onde frequentou o colégio local e tinha notas excelentes em informática e química.
Mas, em meados da década, de acordo com o agente do FBI, ele se convenceu de que deveria aderir à jihad para proteger o Islã e foi voluntariamente para o Afeganistão, onde teria recebido treinamento em uso de armas automáticas, explosivos, táticas de batalha, espionagem e camuflagem. Mas manteve laços nos EUA, aonde chegou a voltar. Para LeBlanc, por isso, é “natural” que ele se concentre nos EUA como alvo de potenciais ataques.
No entanto, a mãe do terrorista, Zurah Adbu Ahmed, entrevistada pela AP, defende o filho, com quem afirma não ter contato há anos.
“Esse menino nunca faria nada de mau. Ele não é uma pessoa má. Ele amava este páis e nunca teve problemas com os Estados Unidos”, disse ela.
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