O primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghannouchi, afirmou nesta terça-feira (18/01) que levará aos tribunais os responsáveis pela repressão dos últimos dias e defendeu a composição de seu Executivo de união nacional.
Em declarações à rádio francesa Europe 1, Mohamed Ghannouchi disse que “todos os partidos serão autorizados a participar das eleições em igualdade de condições”, sempre que “responderem às regras requeridas pela lei eleitoral”.
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“A partir de hoje há uma separação estrita entre o Estado e os
partidos”, afirmou o primeiro-ministro, que já ocupava o cargo com o
anterior presidente, Zine el Abidine Ben Ali.
Na última sexta-feira, o presidente da Tunísia, Ben Ali, renunciou ao cargo e deixou o país após uma onda de protestos contra alta inflação, desemprego, corrupção e pedindo uma abertura política. No sábado, o Supremo Tribunal anunciou que em 60 dias haverá eleições presidenciais. A corte também decidiu que, até a realização das eleições, o governo ficará com o presidente do Parlamento, Fouad Mebazaa, e não o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi.
Ghannouchi se mostrou confiante em realizar eleições “livres, transparentes, controlados por uma comissão independente e com observadores internacionais”, mas fez uma nova previsão de prazo, diferente daquela feita pelo Tribunal: seis meses.
Governo provisório
Até que as eleições sejam realizadas, a Tunísia terá um governo provisório de unidade nacional. Comandado por Ghannouchi, o gabinete terá a participação de três membros da oposição e de oito membros do antigo governo que não estavam envolvidos em casos de corrupção ou na repressão.
Entre as primeiras medidas prometidas estão a extinção do Ministério da Informação, órgão de censura e a libertação de presos políticos.
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