Mais de 10 mil pessoas já precisaram sair de casa na Ucrânia por causa da profunda crise política que o país atravessa desde o final do ano passado. O número foi divulgado nesta terça-feira (20/05) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que alerta que um terço deste grupo é formado por crianças.
Agência Efe
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A maioria dos deslocados é composta por tártaros, que precisaram fugir duas vezes: primeiro, saíram da Crimeia, península que foi anexada pela Rússia no começo do ano, e, depois, do leste da Ucrânia, onde se concentram os protestos separatistas pró-russos. Segundo o Acnur, tem aumentado também o número de deslocados internos de etnias ucraniana e russa, além de famílias mistas.
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Os deslocamentos começaram em março deste ano, pouco antes do referendo na Crimeia e aumentaram gradualmente, segundo a agência da ONU. A maioria abandonou seu lar ao se sentir ameaçado ou perseguido. No caso dos tártaros, muitos disseram que tinham sofrido ameaças em função de sua crença religiosa, pois grande parte deles é muçulmana.
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Além disso, há outro grupo de deslocados, composto por jornalistas, defensores de direitos humanos ou intelectuais que são perseguidos por causa de seu trabalho e seu compromisso político, denunciou o Acnur.
(*) Com Efe