As autoridades portuguesas elevaram nesta terça-feira (17/10) para 37 o número de mortos e a 71 o de feridos nos incêndios ocorridos no domingo (15/10) no centro e no norte de Portugal, os quais já foram quase totalmente extintos.
O último balanço, fornecido pela porta-voz da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar, reflete ainda o impacto que a queda das temperaturas e as chuvas tiveram no controle das chamas.
Segundo ela, dos 247 incêndios registrados esta segunda-feira (16/10) em todo o país, restam hoje apenas 24, dos quais apenas três permanecem ativos, todos no centro de Portugal. Não é, portanto, uma situação significativa, segundo a porta-voz, que mesmo assim pediu aos cidadãos que mantenham a precaução.
Gaspar respondeu também às críticas que apontam para uma redução significativa de meios de combate aos incêndios em outubro, um mês em que tradicionalmente diminui a probabilidade de ocorrências, mas que nesta ocasião, perante a seca e o calor, apresentava riscos.
Agência Efe
Número de mortos em incêndios em Portugal subiu para 37
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A porta-voz da ANPC defendeu os planos que preveem para esta época uma redução nos efetivos, mas assegurou que, no início de outubro e após receber as previsões climáticas, houve um acréscimo de 900 bombeiros no efetivo.
Luto oficial
Após apagar as chamas da nova tragédia florestal, Portugal vive hoje o primeiro dos seus três dias de luto oficial, que levaram o primeiro-ministro, António Costa, a visitar vários dos feridos em um hospital de Coimbra, no centro do país.
Costa reiterou, em declarações a jornalistas, que seu governo passará das palavras aos atos e tomará medidas ainda que, segundo advertiu, a vulnerabilidade do país perante os incêndios tenha base também em problemas estruturais que demorarão muito tempo para serem resolvidos.
“Com catástrofes desta dimensão tudo contribui para que, de forma alguma, as coisas não saiam bem”, afirmou o premiê, que disse que agora é tempo também de atender as necessidades imediatas dos afetados.