O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou nesta segunda-feira (18/06) como “muito franca” a recente conversa que teve com so chinês, Xi Jinping, e explicou que abordou o tema da espionagem cibernética empresarial, que pode “afetar a base” das relações bilaterais.
“Eles entendem, acho, que estas questões podem afetar a base das relações entre os EUA e a China”, ressaltou Obama em entrevista para a emissora PBS, ao comentar o recente encontro entre os dois na Califórnia.
“Tivemos uma conversa muito franca sobre a cibersegurança”, acrescentou Obama, mas disse com certa ironia que “não espera nesses encontros que um líder chinês reconheça a veracidade destas acusações”.
O presidente norte-americano fez questão de diferenciar atividades de inteligência “frequentes” – que podem criar momentos de tensão ocasionais – e as supostas ações de ciberespionagem chinesas, que têm como alvo as empresas americanas.
“Há uma grande diferença entre isso e a ação de um hacker diretamente conectado com o governo chinês ou o exército chinês que invade os sistemas da Apple para ver se consegue os projetos de seu último produto”, afirmou Obama. “Isso é roubo”, ressaltou.
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Apesar das exigências dos EUA para que a China estabeleça medidas para frear esta pirataria, o governo chinês negou qualquer envolvimento em várias ocasiões.
Por último, Obama insistiu na importância de se consolidar as relações entre as duas maiores economias atuais e a responsabilidade da China pelo seu crescente peso global.
“Minha impressão do presidente Xi é que se consolidou bastante rapidamente dentro da China, que é mais jovem, enérgico, robusto e confiante que, talvez, outros líderes do passado”, disse Obama sobre o novo líder chinês, que assumiu o cargo há poucos meses