O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacou em seu último dia de visita à China que a relação com o país asiáticos deixou de ser meramente centrada na economia para se estender a toda uma gama de problemas globais.
“A relação costumava se concentrar apenas na economia e no comércio, e agora se expande para abordar toda uma série de assuntos globais, nos quais a cooperação entre EUA e China é crítica”, disse Obama no início de uma reunião com Wen Jiabao, primeiro-ministro chinês, em Pequim (foto abaixo). Wen disse que “realmente estamos no caminho de avançar nesta relação”.
Fotos: EFE
Obama já tinha se reunido ontem (17) com o presidente Hu Jintao, com quem abordou diversos assuntos, da mudança climática aos programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã, incluindo economia e direitos humanos.
Os dois elogiaram o bom estado da relação, mas pareceram registrar poucos avanços concretos. Em alguns aspectos, como o comércio – onde Hu advertiu aos EUA contra o “protecionismo em todas suas formas” – e os direitos humanos, onde um comunicado conjunto admitiu “dissensões”, as diferenças foram evidentes.
No entanto, a Casa Branca considera que se cumpriu o objetivo da viagem, que era começar uma troca de impressões com a potência emergente. “Não esperávamos que abrissem os céus e que tudo fosse mudar durante uma visita de dois dias e meio à China”, disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. “Entendemos que há muito trabalho a fazer e que continuaremos trabalhando duro para conseguir mais progressos”, disse.
Em declaração conjunta, os dois países se comprometem a aumentar sua colaboração em assuntos como as energias limpas e a mudança climática. Também expressam seu compromisso em colaborar em questões econômicas ou sobre o programa nuclear iraniano.
A atitude de Obama em sua visita foi muito diferente da de seu antecessor, George W. Bush, que sempre reivindicou com contundência à China o respeito aos direitos humanos. O atual líder norte-americano optou por uma atitude mais discreta – apesar de ter lembrado a Hu a necessidade de garantir “direitos universais” a todos -, que espera que traga melhores resultados a longo prazo.
Respeito
Em sua visita, Obama adotou uma atitude de reverência em relação às autoridades chinesas e destacou o tempo todo a “magnificência” deste país.
Obama caminha em trecho da Grande Muralha
Em parte devido a uma curiosidade própria, e em parte como mais uma peça desta estratégia, o presidente norte-americano teve o cuidado de visitar algumas das joias culturais chinesas, como a Cidade Proibida e a Grande Muralha.
NULL
NULL
NULL