O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se limitou a reconhecer a ascensão do Brasil e a apoir a inserção cada vez maior do país no cenário internacional, no entanto, não expressou apoio explícito à pretensão do Brasil de assumir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
“Disse à presidente Dilma que continuaremos trabalhando para que as reformas permitam transformar o Conselho de Segurança em um órgão mais eficiente e mais eficaz”. A declaração não foi a que a diplomacia brasileira esperava ouvir do presidente norte-americano.
Apesar de ter exaltado o novo papel de liderança global alcançado pelo Brasil, citando, por exemplo, a posição de destaque do país no combate às mudanças climáticas, o presidente norte-americano evitou se comprometer com a candidatura do Brasil a uma vaga permanente no Conselho, desejo antigo do país.
Obama defendeu, de forma genérica, a reforma de instituições multilaterais, principalmente a ONU. O Brasil sustenta que a atual composição do órgão –composto por EUA, Reino Unido, França, Rússia e China—não representa mais a realidade política internacional.
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A expectativa era que Obama repetisse o suporte dado à Índia no ano passado. Alguns veículos de comunicação chegaram a noticiar que o comunicado final do encontro diria que os EUA tem “apreço” pela aspiração do governo brasileiro, o que acabou não se confirmando.
Em seu pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff usou palavras fortes para tratar do tema. Segundo Dilma, a ampliação do Conselho de Segurança não é mero interesse por “ocupação de espaços”.
“Precisamos aprender com nossos erros”, disse Dilma, argumentando que foi só depois da crise financeira internacional que os países desenvolvidos aceitaram a reforma de entidades como o Banco Mundial e o FMI –o Brasil ganhou espaço nos dois organismos.
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