O Centro Simon Wiesenthal cumprimentou a decisão da 40ª Assembleia Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), de não incluir o ataque de Israel contra a uma frota de navios de ajuda humanitária que resultou na morte de nove pessoas há uma semana.
Em um documento entregue na noite de ontem (7/6) à ANSA, a entidade criticou o Equador, “por importar o conflito do Oriente Médio, ao invés de se dedicar a assuntos urgentes das Américas”.
“Apesar dos numerosos problemas da região [americana], a primeira proposta da primeira Sessão Plenária foi que a Assembleia Geral emitisse uma condenação contra Israel por sua intervenção contra a Flotilha [da Liberdade]”, continua o texto.
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A iniciativa de incluir a agressão israelense nos debates da OEA foi apresentada ontem pelo chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, e recebeu o apoio verbal de Nicarágua e Venezuela, mas foi vetada por outros países-membros da organização.
“Quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, atacou violentamente Israel na semana passada, alertamos sobre os perigos de importar o conflito do Oriente Médio às Américas”, reiterou Shimon Samuels, diretor de Relações Internacionais do Centro Simon Wiesenthal.
“Deploramos esta tentativa de importar os conflitos extra-hemisféricos ao invés de abordar os problemas urgentes das Américas”, opinou, por sua vez, o diretor para a América Latina e delegado do mesmo centro frente a Assembleia Geral, Sergio Widder.
O Centro Simon Wiesenthal, fundado pelo reconhecido judeu que dedicou sua vida à caça de criminosos de guerra nazistas, é uma organização internacional de direitos humanos com mais de 400 mil membros espalhados pelo mundo.
A 40ª Assembleia Geral da OEA, que reúne delegados de 33 de seus 35 países-membros – já que Cuba foi expulsa em 1962 e Honduras suspensa em 2009 -, foi aberta no último domingo e terminará na noite de hoje. O evento ocorre sob o tema “Paz, Segurança e Cooperação nas Américas”.
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