Com um pedido de união para derrotar um eventual terceiro mandato do presidente Alvaro Uribe, os opositores Partido Liberal e Polo Democrático Alternativo escolheram os candidatos para a eleição presidencial da Colômbia, em maio de 2010.
Os liberais, dirigidos pelo ex-presidente e ex-secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) César Gaviria, escolheram o ex-ministro da Defesa Rafael Pardo. O Polo, que reúne todas as forças de esquerda, elegeu o senador Gustavo Petro, que no passado militou na guerrilha do M-19.
No discurso da vitória, Pardo pediu aos seguidores que enfrentem a intenção do atual presidente colombiano de perpetuar-se no poder e afirmou que, apesar de Uribe ter uma grande popularidade nas pesquisas, um terceiro mandato presidencial afetaria a democracia colombiana. Petro também discursou contra um eventual terceiro mandato de Uribe.
Referendo
Em setembro, logo após o Senado aprovar por 56 votos a favor a realização de um referendo para perguntar aos eleitores se aprovam uma mudança na Constituição para permitir que um presidente se candidate a três mandatos consecutivos, a Câmara de Representantes por 85 votos a favor e 5 contra, também legitimou o projeto. Com o sinal verde da Câmara, a lei passa agora às mãos da Corte Constitucional.
Se aprovada, o Registro Nacional (responsável pela organização eleitoral) iniciará a organização do plebiscito, que verificará se os colombianos estão de acordo com o seguinte texto: “Quem for eleito à presidência da República por dois períodos constitucionais, poderá ser eleito unicamente para outro período”. Com a aprovação do plebiscito, Uribe teria o caminho aberto para tentar o terceiro mandato em maio do ano que vem.
NULL
NULL
NULL