O resgate do político Alan Jara, mantido em cativeiro pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) desde 2001, foi bem sucedido. O helicóptero brasileiro que o trazia, acompanhado da senadora Piedad Córdoba e de membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, chegou poucos minutos antes das 14h de Bogotá (16h em Brasília) ao aeroporto de Villavicencio, capital do estado de Meta, ao sul de Bogotá.
“Livre, livre”, foram as primeiras palavras que o ex-governador de Meta disse à imprensa ao pisar no aeroporto. “Já descansei nesses sete anos e meio. Agora, ao trabalho!”, acrescentou Jará, em breves declarações. Depois, reconheceu que sofre de “dois problemas de saúde”, não especificados. Jara percorreu a pista em direção aos amigos e aos representantes dos “Colombianos pela Paz”, grupo liderado pela senadora.
O porta-voz da Cruz Vermelha na Colômbia, Yves Heller, confirmou hoje, após a libertação do ex-governador, que na próxima quinta-feira será resgatado o ex-deputado Sigifredo López, último político em poder das Farc.
“Vamos seguir para a próxima libertação. Saímos amanhã (4) se as condições meteorológicas permitirem”, declarou Heller. “A libertação está prevista para quinta-feira”.
O porta-voz esclareceu que a entrega de Sigifredo López, único sobrevivente de um grupo de legisladores de Valle del Cauca seqüestrados em 2002, será feita aos mesmos representantes do órgão que participaram dos últimos dois resgates – o de hoje o de domingo, quando foram libertados o soldado Giovanni Dominguez e os policiais Walter Lozano, Juan Fernando Galicia e Alexis Torres.
O grupo que resgatou Alan Jará decolou às 9h (11h de Brasília), depois de superadas desavenças decorrentes da libertação dos outros quatro reféns. O governo colombiano criticou o fato de o jornalista Jorge Enrique Botero, membro do grupo humanitário, ter dito à rede venezuelana Telesur que os sobrevoos da Força Aérea colombiana assustaram os guerrilheiros e quase puseram tudo a perder.
Para a operação de hoje, o presidente Álvaro Uribe proibiu a presença de jornalistas e também mandou restringir os sobrevoos. Cogitou também tirar Piedad Córdoba da equipe, mas voltou atrás nesse quesito, após pressão de familiares. Ela é uma senadora da oposição.
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