Uma página foi criada no Facebook para convocar o povo palestino – e de todo o mundo – para uma terceira intifada contra Israel. A ideia é promover um “levante virtual” para que posteriormente, no dia 15 de maio, os países vizinhos saiam às ruas rumo a Israel em uma marcha pacífica contra o país. A data foi escolhida por ser o chamado Nakba, o “Dia da Tragédia”, como os árabes marcam a proclamação do estado de Israel em 1948.
Reprodução
PáginaIntifada Palestina após sair do ar duas vezes nesta terça-feira
“O primeiro levante palestino foi em 1987, a segunda intifada palestina foi o ano de 2000. Agora queremos promover essa mobilização pela terceira”, diz o texto divulgado pela página Intifada Palestina.
Com cerca de duas mil aprovações de usuários da rede, a página criou polêmica a ponto de outras duas páginas terem sido criadas contra a ideia. Segundo as páginas “Deletem o grupo terrorista Intifada Palestina” e “Colabore com o esforço para deletar a página Intifada Palestina”, a mobilização virtual foi uma “iniciativa abusiva” e tem de ser excluída da rede social.
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Com uma foto da bandeira de Israel e mais de 9 mil aprovações, as páginas comemoram com mensagens “curtidas por usuários” as duas vezes em que a página da Terceira Intifada saiu do ar. “Uma das novas páginas deles foi deletada. Bom trabalho, vamos continuar lutando!”, diz uma das postagens.
A reivindicação, porém, não vem apenas da internet. Líderes judeus de vários países qualificam a página de uso de tecnologia para promover violência. Já os meios de comunicação, como o jornal Jerusalém Post critica a criação da página e faz um apelo para que os judeus se mobilizem contra a iniciativa.
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Nesta terça-feira (29/03), o ministro da Diáspora e Diplomacia Pública de Israel, Yuli Edelstein condenou a mobilização. Com isso, a página que antes tinha 350 mil aprovações, saiu do ar duas vezes, reduzindo o número de acessos e obrigando os idealizadores a refazê-la.
Agora, em nova postagem, a página aproveita as mobilizações no mundo árabe para fazer um novo apelo: “depois das intifadas na Tunísia, no Egito e na Líbia, agora é a vez da intifada palestina. É hora de libertar a Palestina”.
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