Com um forte abraço, o papa Francisco recebeu neste sábado (01/06) no Vaticano o presidente do Uruguai, José Mujica. No primeiro ato da reunião, o pontífice argentino destacou a importância política do uruguaio para a América Latina: “homem sábio”, classificou.
Em audiência privada, Mujica pediu ao papa Francisco que a Igreja Católica, por “humanidade”, participe do processo de paz na Colômbia. O uruguaio quer que o papa ajude na negociação para que Farc (Forças Armadas Revolucionários da Colômbia) e governo colombiano “cheguem a um bom acordo”.
Em entrevista coletiva para a imprensa após o encontro, Mujica – que sempre se declarou como ateu -, destacou o “peso social” que a Igreja Católica tem na Colômbia e na zona do Caribe. Segundo o presidente uruguaio, a influência da igreja na região “pode contribuir para que a instituição tenha um papel destacado nas negociações entre a Farc e o governo”, afirmou.
Agência Efe
Mujica e papa Francisco em encontro no Vaticano neste sábado (01/06)
Segundo informações da Agência Efe, antes de começar a reunião, ambos lembraram um “amigo em comum” já falecido, o escritor e teólogo uruguaio Alberto Methol Ferré. Sobre o escritor uruguaio, Mujica disse que o autor “nos abriu a mente”, enquanto o papa afirmou que o intelectual “nos ajudou a pensar”.
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Em nota oficial, o Vaticano afirmou que o presidente do Uruguai também se reúne hoje (01) com os secretários de Estado e para as Relações com os Estados do Vaticano, Tarcisio Bertone e Dominique Mamberti, respectivamente.
“Os cordiais colóquios permitiram uma troca de informações e de reflexões sobre a situação política do país e seu papel na região. Em tal perspectiva, se debateram temas de interesse comum, como o desenvolvimento integral da pessoa, o respeito dos Direitos Humanos, a Justiça e a paz social”, afirma a Santa Sé em nota oficial.
“Na conversa não faltou a constatação da contribuição feita pela Igreja Católica no debate público sobre essas questões, assim como na paz internacional, como também seu serviço a toda a sociedade, especialmente no âmbito assistencial e educativo”, conclui.