Israel considera o choque armado de hoje (3/8) na fronteira com o Líbano “uma flagrante violação da Resolução do Conselho de Segurança (das Nações Unidas) 1701”, que solucionou o conflito de 2006 entre os dois países.
“A última violação se une a uma longa lista de violações da resolução 1701, principalmente o rearmamento em massa de unidades do Hisbolá, inclusive no sul do Líbano”, afirma o Ministério de Exteriores em comunicado. Segundo a nota, “Israel considera o governo libanês responsável pelo trágico evento e adverte sobre as consequências caso essas violações continuem”.
O chanceler israelense, Avigdor Lieberman, deu instruções à representação de seu país na ONU para que apresente uma queixa ao Conselho de Segurança em função da troca de tiros, em que morreram pelo menos três soldados libaneses e um jornalista.
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Fontes militares do sul do Líbano identificaram o jornalista morto como Asaf Abu Rahal. Segundo elas, há pelo menos dois feridos, um militar e um civil, ambos libaneses, todos vítimas do choque armado entre os Exércitos de Israel e do Líbano.
Por sua vez, fontes militares israelenses confirmaram à Agência Efe o confronto entre suas tropas e as libanesas, mas não confirmaram o tipo de armamento usado.
Em comunicado, o Exército israelense ressalta que seus soldados realizavam “uma ação rotineira em território israelense, numa área entre a linha azul e a barreira de segurança”.
O choque ocorreu quando um grupo de soldados israelenses tentou cortar árvores na chamada cerca técnica, instalada por Israel. Essa cerca se localiza antes da “linha azul”, marcada pela ONU para definir a retirada israelense do sul do Líbano em maio de 2000, após 22 anos de ocupação.
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