Um grupo de cientistas canadenses anunciou, nesta terça-feira (07/04), que foi encontrada, na costa do Pacífico do Canadá, radiação procedente da usina nuclear japonesa de Fukushima. É a primeira vez que radioatividade da central, que sofreu um acidente em 2011 após um tsunami, é registrada no continente americano.
Os cientistas já haviam previsto que a radiação emanada de Fukushima chegaria ao litoral norte-americano em 2015 e garantiram que não há riscos, nem para a saúde humana, nem para o meio ambiente ou vida marinha.
Agência Efe/ Arquivo
Contenção da radioatividade após acidente é um dos maiores desafios do país após o acidente
De acordo com jornais locais, cientistas da Universidade de Victoria, na ilha de Vancouver, registraram baixos níveis dos isótopos Césio-134 e Césio-137 na cidade da Ucluelet, um dos portos do território canadense.
O material radioativo percorreu 7.600 quilômetros entre a instalação japonesa e o litoral do Pacífico canadense.
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A instituição americana Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), que analisou as amostras de Ucluelet, disse, em comunicado que “se alguém nadasse seis horas todos os dias do ano em águas que contêm níveis de césio duas vezes superiores aos da amostra de Ucluelet, receberia uma dose de radiação que seria uma milésima parte de um exame de raios-X dental”.
Uma situação similar foi reportada no último ano a 161 quilômetros da costa norte da Califórnia. Até o momento, mas o material não avançou para a costa dos Estados Unidos.
A cidade japonesa de Fukushima foi atingida por um tsunami provocado por um terremoto em 11 de março de 2011, forçando mais de 160 mil pessoas a abandonarem suas casas.