A polícia ucraniana retirou nesta terça-feira (08/04) da sede do governo regional da cidade de Carcóvia os manifestantes pró-Rússia que haviam invadido o local no domingo (06/04), segundo o ministro do Interior do país, Arsen Avakov. A operação, que deteve cerca de 70 separatistas, aconteceu sem o disparo de armas de fogo, disse.
De acordo com Avakov, está em andamento em Carcóvia, a segunda maior cidade do país, uma “operação antiterrorista”. “O centro da cidade está fechado, assim como as estações do metrô. Não se preocupem, quando terminarmos, tudo estará aberto.”
Na segunda (07/04), os manifestantes haviam proclamado independência de Kiev e decretado a fundação da “República Popular da Carcóvia”.
Agência Efe
Sede do governo de Carcóvia, desocupado pela polícia, foi danificado
Medidas antiterroristas
O presidente interino do país, Alexander Turchinov, avisou que serão tomadas “medidas antiterroristas” contra os manifestantes que pegarem em armas no leste da Ucrânia. Ele voltou a acusar Moscou de estar por trás dos protestos.
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Turchinov também anunciou que a Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia irá debater nesta terça “o endurecimento da responsabilidade penal pelo separatismo e outros crimes contra o Estado, e a proibição de partidos políticos e organizações civis que defendem posições separatistas e trabalham contra seu próprio Estado”.
Agência Efe
Polícia cercou edifício após desocupação
No último fim de semana, ativistas pró-russos ocuparam várias sedes administrativas nas cidades de Carcóvia, Donetsk e Lugansk, regiões com maioria de falantes da língua russa.
Em Donetsk, assim como em Carcóvia, os manifestantes proclamaram independência, criando a “República Popular de Donetsk”. Os ocupantes da sede do governo convocaram um referendo, no máximo até 11 de maio, para decidir sobre a separação de Kiev. Eles também pediram ajuda militar a Moscou.