A iniciativa do primeiro-ministro grego Georgos Papandreou de submeter o plano europeu de resgate fiscal do país a um referendo popular colocou em xeque sua permanência no cargo. No dia seguinte ao anúncio do plebiscito, Papandreou perdeu o apoio até mesmo dentro de sua base no partido socialista.
Pelo menos seis deputados do partido governista pediram que o primeiro-ministro renuncie ao cargo. “O país precisa urgentemente de um governo politicamente legítimo, um plano para uma renovação nacional”, disseram os parlamentares, segundo agência estatal Ana, citada pela Reuters.
Também nesta terça-feira, o líder da oposição Antonis Samaras, do partido Nova Democracia, exigiu em Atenas eleições legislativas antecipadas após a decisão do Governo socialista de submeter a referendo o acordo europeu sobre o perdão de 50% da dívida grega. As próximas eleições estão previstas para outubro de 2013.
“Não se trata apenas de um pedido de eleições antecipadas, mas de uma necessidade nacional, e cada pessoa deve assumir suas responsabilidades”, disse Samaras nesta terça após ser recebido pelo presidente grego, Karolos Papoulias.
Além de pedir que a população decida se devem ou não ser implementadas medidas de arrocho fiscal, como o aumento de impostos, demissão de funcionários públicos e privatização de estatais, Papandreou também disse que se submeterá a um voto de confiança no Parlamento.
Segundo uma pesquisa feita há dois dias pela empresa Kappa em Atenas, 60% dos entrevistados é contra ao acordo fechado em Bruxelas com os parceiros europeus da Grécia.
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