Atualizado 12h35
A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, anunciou na madrugada desta segunda-feira (09/12) a dissolução do Parlamento do país e a realização de eleições gerais. A Gazeta Real informou que as eleições devem acontecer no próximo dia dois de fevereiro e que o rei Bhumibol Adulyadej aprovou a dissolução do Parlamento proposta pela primeira-ministra.
A decisão foi tomada após o Partido Democrata decidir, no domingo (09/12), abandonar em bloco seus assentos no governo. Além da perda de apoio político, o objetivo da medida é atenuar a onda de protestos contra o governo. Um grande encontro protesto popular ocorre desde as primeiras horas de hoje na captial Bancoc.
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“Após consultar várias partes, enviei o decreto real para pedir a dissolução do Parlamento”, disse a primeira-ministra durante discurso transmitido pela televisão.
Agência Efe
Milhares de manifestantes da oposição se reúnem nas ruas de Bancoc e em frente ao Parlamento tailandês
Pelo menos nove colunas de manifestantes devem partir de vários acampamentos espalhados por Bangcoc em um dia que os opositores do governo batizaram como a “batalha final” contra a corrupção do “regime Thaksin” – nome do irmão da premiê, a quem eles acusam de comandar de facto o país.
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O Partido Democrata anunciou que não aceitará Yingluck como governante até a realização das eleições.
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Entre os planos dos opositores não se concebe participar das eleições sob o atual modelo, que denunciam estar viciado pela compra de votos e em um cenário no qual seria quase segura sua derrota.
A principal reivindicação dos antigovernamentais é a de invocar o artigo 7 da Constituição para que o rei da Tailândia, o octogenário Bhumibol Adulyadej, designe o próximo chefe do governo sem passar pelas urnas.
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A Tailândia passa por uma grave crise política desde 2006 com frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo.
Thaksin foi primeiro-ministro do país entre 2001 e 2006, até ser deposto por um golpe de Estado. Condenado à revelia por corrupção, ele se auto exilou no exterior – atualmente vive em Dubai. Sua irmã, após assumir o poder, tentou passar uma lei anticorrupção que anistiaria Thaksin e permitiria sua volta ao país sem represálias judiciais – o que resultou no motivo principal dos protestos. Enquanto sofrem forte oposição nos grandes centros urbanos, os irmãos Shinawatra detém a maior parte do poder nas áreas rurais da Tailândia.
(*) com agências de notícias internacionais